O sentido da Vida

“O ser humano nasce, cresce, reproduz e morre”. Quem nunca repetiu essa frase quando era pequeno nas aulas de ciências naturais? Numa frase tão curta a Vida parece ser resumida de maneira tão fria, tão calculada… Seria esse o sentido? Todo ser humano deve seguir essa linha “natural”? Será que todos crescem? Todos reproduzem? O que é crescer? O que é reproduzir? Uma coisa é certa: todos nascem e morrem! E o meio? Com o que a gente preenche?

Desde que o homem começou construir seu lugar no mundo, ele vem se fazendo uma pergunta para a qual ninguém ainda obteve resposta. Ele aprendeu a andar, a controlar o fogo, a construir casas, a asfaltar ruas, a desenvolver medicamentos e por aí vai. Até para o espaço ele já foi! Mas no seu íntimo ainda resta um vazio. Um vazio que ele tenta preencher com dinheiro, poder, reconhecimento, drogas, sexo, religião, fama, conhecimento, prestígio e muitas outras coisas.

Porém, a pergunta primordial continua sem resposta: “Qual o sentido da Vida?”

Mas será que existe mesmo um sentido para a Vida? Quero dizer, será que existe um sentido universal para a Vida? Não seria egoísmo de nossa parte achar que nossa Vida tem um sentido em detrimento dos outros seres vivos? Para começar, o que é a Vida? Cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre o que é a Vida. Os vírus, por exemplo, são considerados seres vivos por uns, e por outros não. E depois, cabe-nos fazer a seguinte reflexão: qual o sentido da Vida de uma planta? Ou de um cachorro? Ou de uma ameba? A Terra é um planeta vivo. Qual o sentido dessa Vida?

Talvez o sentido seja evoluir? Ou seria ajudar ao próximo? Ou fazer fortuna, construir impérios? Talvez… Quem sabe esses não são os sentidos das Vidas de algumas pessoas? Devemos condená-las por isso? Eu acho que não. Se pararmos para pensar, veremos que o cientista tinha razão: tudo é relativo. Por que seria diferente com o sentido da Vida?

Na verdade a resposta que tanto procuramos é muito óbvia: cada um deve descobrir o sentido da sua Vida. Talvez o sentido da Vida de um arquiteto seja construir o prédio mais alto do mundo. De um médico, descobrir a cura da AIDS. De um padre ou pastor, converter o maior número possível de pessoas. Quem sabe… Independentemente de quem você seja, é importante descobrir um sentido para sua Vida. Ou não. A escolha é sua. Viver é a regra. Descubra o que te faz bem e o que te faz mal. O que te move. O que te revolta. O que te atrai. Prove diversos sabores. Pise em muitos chãos. Respeite para ser respeitado. Ame. Sinta. Toque. Cheire. Veja. Ouça. Deguste. Perceba. Interprete. Caia. Levante. Siga em frente! O sentido da Vida quem faz é você.

E quem sabe, lá na frente você vai perceber que o sentido foi ter agido e reagido. Ter vivido cada emoção e deixado ela ir embora. Sofrer é inevitável. Por que ser feliz também não pode ser? Demos sentidos para muitas coisas. Buscamos constantemente sentidos. Quando algo nos parece estranho, é como olhar para uma pintura abstrata e não entender nada. A Vida é abstrata? Se ela é, então que cada um encontre o seu sentido!

Sentidos para a Vida, se é que existem, alguns a gente abstrai. Outros a gente inventa. E há aqueles, ainda, que a gente simplesmente não entende.

Samuel Cândido

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